0 Desfile Frankie Morello Men Spring/Summer 2011 | Milan Men's Fashion Week | Fash...

0 PESQUISA DE MODA NA BARROQUINHA : REFERENCIAS VISUAIS
















0 PESQUISAR MODA É PERCEBER ACIMA DE TUDO AS RUAS : BRECHÓS








Brechó é uma loja de artigos usados, principalmente roupas, calçados, louças, objetos de arte, bijuterias e objetos de uso doméstico. Os sebos são seus equivalente, vendendo apenas livros, apesar de brechós também poderem vender livros. Geralmente atraem um público mais alternativo, artistas em geral e pessoas de baixa renda e/ou desempregados, bem como aqueles à procura de artigos originais e únicos. Alguns funcionam também por consignação (onde os donos dos objetos deixam os artigos no brechó e recebem uma parte na venda) e/ou por escambo (na base de trocas).
Muitos brechós têm finalidade beneficente, como os bazares beneficentes das Igrejas de Salvador .


Origem 
No século XIX um mascate chamado Belchior ficou conhecido por vender roupas e objetos de segunda mão no Rio de Janeiro. Com o tempo o nome se transformou por corruptela em "Brechó".
Aparece no conto Idéias de Canário de Machado de Assis, onde o protagonista logo no início adentra um estabelecimento por nome "belchior":
... sucedeu que um tílburi à disparada, quase me atirou ao chão. Escapei saltando para dentro de uma loja de belchior... A loja era escura, atulhada das cousas velhas, tortas, rotas, enxovalhadas, enferrujadas que de ordinário se acham em tais casas, tudo naquela meia desordem própria do negócio.
 
— Machado de Assis, Idéias de Canário


0 SAPEUR UM NOVO CONCEITO DE VESTIR QUE VEIO DO CONGO: subcultura de dândis africanos contemporâneos



O que  seriam os Sapeurs ?

"sapeurs",  grupo de homens que vivem em países da região do Congo (na África Central) que se vestem em um estilo dandy. A palavra "sapeur" é derivada de SAPE, um acrônimo do nome do movimento "Société des Ambianceurs et Persons Élégants". Esse movimento foi iniciado nos anos 20-30 do século passado, quando os primeiros Congoleses privilegiados voltavam ao seu país da França com ternos e roupas refinados. O movimento foi ganhando força  nas décadas de 60 e 70, quando o cantor Papa Wemba abraçou a causa e passou a se vestir sempre assim. Mas se tornou algo real e forte na década de 80 quando Wemba, após passar períodos em Paris, voltava com um estilo cada vez mais ostentoso e "designer-oriented".

A "criação" do movimento foi uma resposta à situação extremamente trágica do antigo Zaire (e atual República Democrát
ca do Congo), onde o ditador Mobutu reinou de 1960 a 1990. Com inúmeras guerras civis, revoltas populares, fome constante e pobreza sem fim, os sapeurs começaram a se dedicar às roupas como uma válvula de escape. Era uma forma de lidar com todos aqueles problemas, fugir um pouco daquela realidade assustadora, torturante e árida.

Ser um sapeur era também uma forma de se destacar na sociedade sem ser por armas e matança. Todos que pertencem a uma SAPE falam que "é deselegante lutar" e, por isso mesmo, eles nunca se envolvem em brigas - muito menos guerras civis e matanças. E eles são super reconhecidos por suas roupas extravagantes, especialmente porque quase todos vivem em locais onde não há água encanada, esgoto ou mesmo comida na mesa todos os dias.

Os sapeurs são figuras que levantam muitas questões importantes que devíamos pensar mais a respeito e debater. A vida nos países da África Central é extremamente dura e desesperadora, e a forma como eles encontraram para criar não só alegria mas também ordemem suas vidas é impressionante



Contudo, os sapeurs são pessoas que vivem extremamente aquém de seus limites, literalmente trabalhando para se vestir. Muitos deles vivem em condições de extrema pobreza mas tem armários com peças de roupa chegando a milhares de dólares. E como eles conseguem isso nem sempre é através de meios lícitos. Um sapeur não mata nem briga, mas nada diz em seus "códigos" que eles não possam burlar as leis. O próprio Papa Wemba foi preso em 2003 na França por levar imigrantes ilegais para o país disfarçados de membros de sua banda - tudo arranjado em troca de uma módica quantia de, em média, 4 mil dólares.



Viver em função da moda os ajuda a lidar com o ambiente desesperador que os cerca; mas por outro lado os coloca em um mundo de fantasia, já que suas roupas não condizem com a realidade em que vivem. Um ótimo convite para  refletir sobre os conceitos de moda   na contemporaneidade .


























Em nossa  pesquisa de  rua , na Barroquinha  tomamos conhecimento da  tendência criada pelos Congoleses, denominada sapeur ,  Afro-Dandy,nos sapatos comercializados  na  loja Salvador calçados.

0 A estética de matriz africana e seus ecos na Escola Parque no projeto Park Model

Em 2003, no Brasil, foi decretada a lei federal nº 10.639, que mudou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), ao estabelecer a obrigatoriedade do ensino e transmissão de cultura africana e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino públicos e privados de todo o País. Há debates a favor e contra essa decisão, com receio de que haja mais segregação ao se destacar a história do povo negro de outros temas curriculares. É importante salientar  que a compreensão da  nossa  memória ancestral, em   muito tem facilitado o entendimento de diversas questões relacionados aos territórios do corpo na contemporaneidade, as experiências estéticas do  vestir, adornar, enfeitar, portar, exibir, usar, apropriar-se do belo é viver e transmitir esse belo, e essa noção de beleza está profundamente relacionada à pertencimentos. Com a escolha de cores, materiais, acessórios, há construção de significados e sentidos ao vestir.
Ao pensar  estética negra,  não devemos desconsiderar  todas  essas relações sócio culturais   que  a mesma estabelece  com constituição identitária. 

Momento da contextualização do tema a estilista de turbantes Josy Azeviche relata suas experiências no campo da  estética  africana 

Compreender  sua  memória ancestral é  entender-se  negro, é pertencer 


Momento  do fazer   criativo  , diálogos com as experiências estéticas oriundas da diáspora Africana 

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